Criador de O Corrupto, Frank Menezes minimiza ascensão de Bolsonaro: “não é fenômeno, é titica de galinha”

O ator e autor baiano Frank Menezes, 55 anos, evita falar o nome do deputado, eleito pelo Rio de Janeiro, mas nascido em Campinas, Jair Bolsonaro. “Gosto muito de escorar ele, porque o que ele quer é mídia”. Criador do monólogo O Corrupto, em que, de forma humorada, ensina aos espectadores a levar vantagem das formas mais inescrupulosas, Menezes não poupa o parlamentar. “O Bolsonaro é campeão de fake news, adora mentir. Eu estou querendo jogar um pano quente em cima dele porque acredito que ele não passe de um foguete que vai subir e explodir. Não acredito que a população brasileira seja tão boba.” Para encerrar o assunto, ele minimiza: “ele não é fenômeno, ele é titica de galinha“.rnrnO deputado federal e ex-capitão do exército aparece nas principais pesquisas de opinião para a corrida presidencial de 2018 como o segundo colocado na preferência dos eleitores consultados. O parlamentar, que deve se filiar ao Partido Ecológico Nacional, é ultrapassado apenas pelo ex-presidente Lula.rnrnO Corrupto é o primeiro espetáculo em que Menezes assina também o texto. É uma crítica bem humorada, ácida e mordaz, a um comportamento comum a grande parte dos brasileiros, mas que as pessoas costumam associar apenas aos políticos. “Todo mundo conhece alguém naquela situação de ocupar vaga de deficiente, ou de fraudar carteira de estudante”, aponta Menezes. São grandes e pequenas corrupções do dia a dia, que acometem a religião, as empresas, o esporte.rnrnrnrnLEIA MAIS: MV Bill diz que Bolsonaro “tem até ideias boas”, chama Temer de “traidor” e revela decepção com LularnrnVEJA TAMBÉM:  “Cansaram de me chamar de machista, homofóbico e xenófobo. Vão me chamar de aventureiro”, diz BolsonarornrnCom mais de 35 anos de carreira, Frank é um dos mais longevos artistas em atividade na Bahia. Nascido em Salvador, em 1962, participou de trabalhos famosos na televisão, como I Love Paraisópolis, Gabriela, O Astro, A Pedra do Reino, Dona Flor e Seus Dois Maridos. No cinema, teve papéis importantes em Tieta do Agreste, Capitães da Areia, A Coleção Invisível, Quincas Berro D´água. As peças transformaram em clássicos os personagens de Indignado, A Bofetada, Vixe Maria! Deus e o Diabo na Terra da Bahia, Quem Matou Maria Helena e Volpone. Trabalho estrelado por Frank Menezes é certeza de teatro lotado em Salvador.rnrnA entrevista exclusiva, ao lado do diretor do monólogo, Marcelo Praddo, foi concedida faltando 40 minutos para ele subir ao palco do Teatro Eva Herz, em Salvador, onde está em curta temporada, até 27 de agosto, da peça.rnrnA transmissão ao vivo, feita pelas redes sociais da Aratu (www.facebook.com/aratuonline) foi feita através do dispositivo TV de Um Homem Só, que permite qualidade de imagem e áudio pela internet em tempo real.rnrnA entrevista completa, em que ele fala de política, terrorismo, ódio nas redes sociais e de como ainda tem esperança nas pessoas pode ser assistida clicando nesse vídeo:rnrnrnrnParticipe de debates sobre política pelo www.twitter.com/opabloreis

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