Desembargador baiano quer retratação de advogado que acusou TJ-BA de “tribunal podre”: “quero que ele prove”

A declaração do advogado catarinense Felisberto Odilon Cordova de que não existe nem 10{02cb26fadfbb9b4f1debb5ef9c033a0bc3aadd1dfd180a451022326805fc569d} de juízes honestos no Tribunal de Justiça da Bahia vai ter que ser provada… na justiça. O desembargador baiano Júlio Cézar Lemos Travessa representou, individualmente, contra o advogado e, após encaminhamento pela Central de Inquéritos do Ministério Público, a audiência preliminar foi marcada para o dia 6 de março de 2018, no 4° Juizado Criminal, em Itapuã. A situação é caracterizada como “crime de menor poder ofensivo”.rnrnA insinuação que motivou a ação do magistrado baiano surgiu em uma entrevista quando o advogado catarinense sentenciou: “Nós conhecemos tribunais, como o da Bahia, que são podres inteiramente. Talvez não tenha 10{02cb26fadfbb9b4f1debb5ef9c033a0bc3aadd1dfd180a451022326805fc569d} de juiz honesto lá dentro”. O TJ-Ba tem 59 desembargadores atualmente. “Desta forma, pelo que ele falou, no máximo seis são honestos e eu quero que ele prove que não sou um destes”, argumenta Travessa. “Se ele tiver alguma prova, eu vou ser o primeiro para pedir para encaminhar ao CNJ ou Procuradoria Geral da República. Se ele não tiver provas contra mim, vai ter que se retratar publicamente”.rnrnO mesmo Felisberto Odilon Cordova ganhou fama em todo o país após acusar, no início de agosto, um desembargador de Santa Catarina de cobrar R$ 700 mil para julgar favoravelmente um processo sobre execução de honorários advocatícios. Na ocasião, ele chamou o desembargador Eduardo Gallo de “vagabundo”, “safado” e “descarado”.rnrnAos 77 anos, com mais de 50 anos de advocacia, Córdova chegou a ser condenado em 2006 a 1 ano e 4 meses de prisão por calúnia, mas o Superior Tribunal de Justiça considerou que a pena prescreveu, em 2012.rnrnVEJA TAMBÉM: Conselheiro do TCE acusado por procuradora do estado se defende: “represália e tentativa de atingir honra” rnrnLEIA MAIS: “A postura de Anitta reforça machismo”, critica deputada Luiza Maia(PT), presidente da Comissão de Direitos da Mulherrnrn“Desde a primeira entrevista que ele deu atacando a justiça da Bahia, eu venho me manifestando no Tribunal Pleno, solicitando que o TJ tomasse providência. Não vi muita ação. Na segunda vez, eu tornei a me manifestar, mas nenhuma atitude foi tomada. Eu resolvi fazer por escrito, mas não mais em nome do tribunal, em meu nome na defesa da minha honra”, salienta Travessa.rnrn“Quando você sai da Bahia, a imagem é que todo mundo aqui é ladrão e rouba. Não se pode generalizar. Tenho um vizinho brincalhão que perguntou se eu estava entre os 90{02cb26fadfbb9b4f1debb5ef9c033a0bc3aadd1dfd180a451022326805fc569d} ou entre os 10{02cb26fadfbb9b4f1debb5ef9c033a0bc3aadd1dfd180a451022326805fc569d}. Minha vida é compatível com o que ganho. Só tenho um carro. Eu quero estancar essa coisa de chamar a gente de ladrão”, concluiu Júlio Travessa.rnrn rnrnParticipe do debate sobre justiça e Direito pelo www.twitter.com/opabloreis

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