E se os contos de fadas tivessem personagens negros e rastafaris? Uma baiana deu a resposta

Fadas que se alimentam de acarajé, uma Chapeuzinho Vermelho filha de santo, dreadlocks nos cabelos da princesa: o que poderia ser delírio de algum visitante inspirado por cenas e por vapores no Pelourinho virou história da carochinha.rnrnUma baiana radicada na Suíça escreveu literatura infantil com o sotaque e a roupagem de crônicas que poderiam ser o cotidiano do Centro Histórico de Salvador. “Os Contos de Fadas na Realidade Afro-baiana” trazem a releitura dos clássicos com personagens negros, candomblé, folclore, música de Olodum e Timbalada.rnrnA autora Maria Izabel Nascimento Muller classifica a obra como um exemplar do que chama de muvulcultura, histórias de baianidade que podem envolver tanto a miscigenação de anjos, como uma Rapunzel Rastafari.rnA publicação será lançada no dia 7 de julho, na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, no Largo de Nazaré, em Salvador, às 15h.rnrnMaria Izabel contabiliza episódios de racismo, sobretudo no período de 33 anos em que lecionou na rede pública em Salvador e percebeu muita discriminação no ambiente escolar. Em 2002, casou com um suíço e passou a morar na Europa.rnrn

Maria Izabel trabalhou mais de 30 anos como professora da rede pública, em Salvador, antes de mudar para a Suíça

rnrnHá 68 anos, ela nasceu em Jacobina, onde se formou em Magistério. Mudou para Salvador, após prestar concurso para professora. Graduou em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, pela Universidade Católica de Salvador (Ucsal) e fez pós-graduação em Estudos Afro e Tradição e Cultura, nas Universidades Federal (UFBA) e do Estado da Bahia (Uneb).rnrnLEIA TAMBÉM: Na véspera de prisão do irmão Geddel, Lúcio Vieira Lima fez declaração de amor e se dizia apaixonado rnrnLEIA TAMBÉM: Dissertação será defendida em brega de Cachoeira; “Confesso que estou com medo da repercussão”, diz mestranda rnrnNos anos 2000, Trabalhou como voluntária para Organização das Nações Unidas (ONU) e hoje se divide em viagens com o marido e trabalhos sociais pelo mundo.rnrnPara publicar 200 exemplares, ela precisou investir R$ 8 mil das próprias economias. Cada livro será vendido por R$ 30 e pode ser adquirido no dia do lançamento ou pelos telefones 71 98806-4872 ou 71 3230-1219.rnrn rnrnParticipe das discussões pelo www.twitter.com/opabloreisrnrn 

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