Paulo Coelho sugere um baiano para presidência da República

Brasileiro atualmente mais conhecido no mundo, autor de O Alquimista (livro em Língua Portuguesa mais vendido no planeta), o escritor Paulo Coelho indicou o seu preferido para presidir o país.

“Seria o presidente da Organização Mundial do Comércio, que as pessoas não têm a dimensão do que é a OMC. Agora o Trump resolveu bater de frente com ele. Ele é brasileiro, ele é íntegro, ele é honesto… Roberto Azevedo é o nome dele. Seria um cara que seria O grande presidente do Brasil. Qualquer pessoa quando atinge um nível de conhecimento de política, de economia, precisa ser muito macho e precisa ter muitos bons contatos. Então, ele é um cara respeitadíssimo”.

O escritor de 70 anos, imortal pela Academia Brasileira de Letras, escolhido Mensageiro da Paz, pela ONU, teve, até 2018, mais de 350 milhões de livros vendidos em 150 países. Ele fez a declaração em casa, na Suíça, ao jornalista Pedro Bial.

Veja a declaração de Paulo Coelho:

O apresentador do programa Conversa com Bial, da Globo, avisou que aquela declaração poderia ser interpretada como um pedido de voto. Coelho respondeu:

Eu gostaria, mas é o tal negócio: é um cara que não vai cooptar com esse Congresso que a gente tem”.

Roberto Azevedo é diplomata baiano, nascido em Salvador, em 3 de outubro de 1957.

Azevêdo ingressou no Ministério das Relações Exteriores (MRE) em 1984 e serviu nas embaixadas do Brasil em Washington de 1988 a 1991 e em Montevidéu de 1992 a 1994, além de servir na Missão Permanente do Brasil em Genebra de 1997 a 2001.

Roberto Azevedo

Azevedo tem 60 anos, nasceu em Salvador e já ocupou os principais cargos do comércio internacional. (Foto: Nações Unidas)

Teve uma ascensão incontestável na diplomacia. Foi subchefe para Assuntos Econômicos do Ministério das Relações Exteriores de 1995 a 1996, a partir de 2001, participou da criação e dirigiu de 2001 a 2005 a Coordenação-Geral de Contenciosos do Ministério das Relações Exteriores, atuando como chefe de delegação em contenciosos como os casos de “Subsídios ao Algodão” (contra os Estados Unidos), “subsídios à Exportação de Açúcar” (contra as Comunidades Europeias) e “Medidas que Afetam a Importação de Pneus Reformados” (iniciado pelas Comunidades Europeias).

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Entre 2005 e 2006, o baiano chefiou o Departamento Econômico do MRE, quando foi chefe da delegação brasileira na Rodada Doha, e logo depois foi subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do MRE. A partir de setembro de 2008, virou representante permanente do Brasil junto à OMC e outras organizações econômicas em Genebra.

Foi indicado pelo Brasil em dezembro de 2012 para concorrer à direção-geral da OMC no período de 2013-2017. Venceu a disputa contra o mexicano Herminio Blanco, que tinha o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia, e em 7 de maio 2013, foi eleito diretor-geral para um período de quatro anos, sendo o primeiro latino-americano a ocupar o cargo para um mandato completo, a partir de 1º de Setembro de 2013.

No início da resposta, Coelho revelou decepções com Lula e com o PT, sigla à qual revelava simpatia, além de declarar amizade com o ex-ministro José Dirceu. “Lula foi visitar o Pavão-Pavãozinho, passou na porta da minha instituição e não entrou. Essas coisas que cortam o coração: teve uma época que eu ajudei esse cara…

Hoje em dia não apoio mais o PT. Não defendo mais (José Dirceu), não. Também não vou chutar cachorro morto, não defendo mais ninguém, tive minhas decepções”.

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