Produtores agropecuários no oeste da Bahia estão revoltados com a sequência de invasões a propriedades e o que chamam de omissão da Segurança Pública com a situação de tensão na região. As fazendas Curitiba e Igarashi, na cidade de Correntina, foram alvo de ataques e tiveram grande parte do patrimônio depredado e tratores incendiados.rnrnSegundo relatos de produtores, 1200 pessoas em mais de dez ônibus e caminhões foram responsáveis pela ação. Equipes da Companhia do Cerrado da Polícia Militar não chegaram a tempo de evitar a destruição.rnrn
rnrnOs agropecuaristas vivem estado de sítio, preocupados com as constantes invasões em propriedades, segundo eles, produtivas. As áreas invadidas são reconhecidas por colheitas importantes de batata no estado. Um grupo de whatsapp foi criado para troca de informações e os relatos são cada vez mais contundentes. Eles pedem também uma intervenção mais severa da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).rnrnA última grande operação da SSP no intuito de coibir os invasores foi no início do mês de outubro, após ocupação de propriedades ligadas ao ex-ministro Geddel Vieira Lima.rnrnA situação já foi tema de nota de repúdio da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Eduardo Salles (PP). “A população está com medo, pois estes homens utilizam a mesma prática do ´bando de Lampião´. Eles avisam antes para que as pessoas deixem os seus pertences, pois irão invadir as fazendas. Hoje, o cenário é o mesmo e as pessoas estão com medo de ficarem expostas a estes criminosos”, disse o parlamentar.rnrnOrganizadores do protesto que provocou momentos de tensão neste feriado de Dia de Finados argumentaram que a ação ocorreu em função da exploração dos mananciais hídricos do rio Corrente. Segundo as lideranças, o uso de pivôs para irrigar as plantações está prejudicando e até matando as nascentes e pequenos riachos, provocando grande impacto ambiental.rnrn rnrnParticipe do debate sobre política e segurança pública pelo www.twitter.com/opabloreis