EFEITO BORBOLETA: Sem querer, baiano flagrou conversa de Chinaglia e Gilmar Mendes que afeta a Lava Jato

O registro de férias de uma turista, fotografada no lobby do hotel Tivoli, em Lisboa, Portugal, serviu para colocar mais polêmica em meio às investigações e delações da operação Lava Jato. A mulher segurando flores em primeiro plano não provocou tanto interesse quanto a cena do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) conversando com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.rnrnChinaglia é implicado nas investigações do mensalão e, recentemente, foi denunciado por suposta cobrança de propina à Odebrecht, em troca de liberação de obras, e delatado pelo executivo Henrique Valladares. Os valores chegariam a R$10 milhões. O inquérito da Lava Jato é relatado pelo ministro Edson Fachin, colega de Gilmar Mendes.rnrnA foto foi inicialmente divulgada na conta do twitter do vocalista e compositor Roger Moreira (@roxmo), do Ultraje a Rigor, e do programa The Noite, do SBT. Este blog apurou que a imagem foi registrada por um baiano que está em Portugal e prefere não ter identidade revelada.rnrnrnrn rnrnLEIA MAIS: “Me surpreende a imprensa tratar isso (corrupção) como se fosse surpresa”, critica Emílio Odebrecht em delaçãornrnLEIA MAIS: Prefeitura baiana contrata suspeito de tráfico e porte ilegal de arma rnrnO encontro do político com o magistrado ocorreu em função da participação dos dois em evento jurídico realizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (EDB/IDP) e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), no Hotel Tivoli, em Lisboa.rnrnO caso lembra a teoria do Efeito Borboleta, analisa em 1963 pelo cientista Edward Lorenz, em que situações simples podem desencadear alterações em todo o sistema: o exemplo mais usado é o bater de asas de uma borboleta, que poderia provocar um tufão do outro lado do mundo.rnrnNo último dia 20, o juiz Sérgio Moro começou a ouvir, em Curitiba, os réus da ação pena que envolve a compra e reforma de um triplex no Guarujá, em São Paulo. O ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, chegou a admitir, que o ex-presidente Lula teria recebido propina de R$3,7 milhões da empresa, referentes a contratos com a Petrobrás. Lula também teria pedido a ele para destruir provas que pudessem ser usadas na Lava Jato. Marcelo Odebrecht também declarou que o ex-presidente teria recebido R$13 milhões em espécie. Todas as informações foram negadas pelos advogados de Lula.rnrnO depoimento de Lula para Sérgio Moro está marcado para o dia 3 de maio, às 14h.rnrn rnrnParticipe do debate sobre corrupção e ética na política pelo www.twitter.com/opabloreis

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