“Eu tenho certeza absoluta que ela será absolvida”, garante Vivaldo Amaral, primeiro advogado de Kátia Vargas

Faltando pouco mais de dois meses para o júri popular que deve chegar a um veredito sobre Kátia Vargas, o primeiro advogado dela demonstra total confiança na absolvição da médica. “Eu tenho certeza absoluta de que ela será absolvida“, enfatiza Vivaldo Amaral, que foi responsável pelo início da defesa da ré.rnrnEla responderá por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, perigo comum e por utilização de recursos que impossibilitaram a defesa das vítimas). Kátia Vargas é acusada de provocar o acidente que resultou na morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, então com 21 e 23 anos. O caso completa quatro anos em 11 de outubro, ocorrido na frente do Ondina Apart Hotel.rnrnrnrnO clamor popular sobre o episódio, a repercussão na mídia e os desabafos constantes da mãe do casal, dona Marinúbia Gomes, não abalam a certeza de Amaral, que deixou a defesa em novembro de 2013. “Eu acredito que vai ser feita justiça. É necessário que as pessoas entendam que o direito penal não está ali para atender os anseios vingativos de certas pessoas. Há nos autos provas de que a ré deu causa ao fato tido como criminoso? Se houver, que seja feita justiça. Como eu acredito que não há, espero, e estarei lá presente, para assistir ao lado da família”, garante o jurista.rnrnVEJA TAMBÉM: “Lideranças políticas do interior cobram a candidatura de ACM Neto contra o PT”, enfatiza vereador Tiago Correia (PSDB) rnrnLEIA AINDA:  Lula cobra regulação da mídia e diz que “depende de juiz para desmentir” canal de televisãornrnAs declarações foram dadas no programa Reunião de Pauta, transmitido com exclusividade pelas redes sociais da Aratu, que fez uma radiografia do júri popular no Brasil e na Bahia. “Por mais grave que seja o fato é necessário entender que do outro lado tem uma cidadã, uma médica, que viveu esses anos todos fazendo o bem para várias pessoas. Vamos olhar também o lado da família de praticamente uma morta viva. Eu espero estar ao lado da família para aguardar uma sentença positiva“, confia.rnrnO juiz Cássio Miranda, que hoje trabalha com defesa do consumidor, mas é um dos magistrados mais experientes em júri no estado, fez explicações didáticas sobre esse instrumento do Direito: “É a última expressão da democracia direta”. Especialista no assunto, ele contou que o júri era adotado no Brasil apenas para casos envolvendo crimes de imprensa. Na pesquisa feita por  ele, o primeiro julgamento nesse modelo foi realizado em junho de 1822, quando ainda vigorava o império. “O primeiro cidadão julgado foi o redator do Correio do Rio de Janeiro, João Soares Lisboa. A acusação contra ele era pedir uma Assembleia Constituinte, mas ele foi absolvido”, relatou.rnrnPesquisador do tema, Miranda também contou os requisitos que eram cobrados para compor as setes cadeiras do conselho de júri na época. “O recrutamento dos jurados se exigia quatro virtudes: ser um homem bom, honrado, inteligente e patriota. É muita virtude para um homem só“, elencou Miranda, em tom bem humorado. O programa também teve a participação do analista de sistemas Miguel Sampaio, que já foi jurado em casos importantes no Fórum Ruy Barbosa.rnrnClique aqui e assista ao programa na íntegra:rnrnhttps://www.youtube.com/watch?v=kvYkt49fybErnrnParticipe do debate pelo www.twitter.com/opabloreis

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