Instituto ligado ao PP do ex-ministro Mário Negromonte teve R$30 mi em contratos com governo

Uma entidade sem fins lucrativos liderada por um recorrente candidato a vereador e deputado pelo Partido Progressista (PP), que tem como principal líder na Bahia o vice-governador João Leão, fechou contratos com o governo que chegam a quase R$30 milhões.rnrnO Instituto Cátedra, beneficiado com nove contratos e um convênio com o Estado, foi criado e mantido por Marivaldo Xavier de Castro, na qual exerce a função de diretor-presidente. Em 2010, ele foi candidato a deputado estadual, sob número 11523, e teve 1.981 votos. O site da entidade (http://institutocatedra.wordpress.com) não está mais em funcionamento.rnrnSegundo apuração da Folha, publicada na reportagem Entidade Ligada ao PP firma R$28,6 mi em contratos na Bahia, seis do nove contratos foram firmados com a Bahia Pesca, empresa mista cujos chefes foram indicados pelo ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, citado em denúncias de corrupção no ministério. Demitido no governo Dilma, Negromonte é conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.rnrnEm 2013 e 2014, época em que os contratos de R$18 milhões foram assinados, o dirigente da Bahia Pesca era Cássio Peixoto, atual secretário de Infraestrutura Hídrica do governo da Bahia.rnrnO Tribunal de Contas do Estado apontou irregularidades, entre elas, o fato do Instituto Cátedra “não comprovar dispor de infraestrutura e capacidade operacional, de conhecimento técnico e científico e de experiência mínima para prestar serviços de assistência técnica rural”.rnrnA esposa de Marivaldo Xavier, Ruth Vieira, secretária geral do PP Mulher na Bahia, e candidata a deputada estadual em 2014, também trabalhou no instituto. A sobrinha do vice-governador João Leão, Karine Pepe Sousa Leão, foi uma das contratadas pelo instituto e é casada com Tiago Cavalcanti, que tem cargo de diretor na secretaria de Infraestrutura Hídrica. rnrnRespostasrnrnPara a Folha, o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior declarou que o Instituto Cátedra não foi beneficiado por aspectos políticos e que preenche os requisitos. Ele disse que o contrato emergencial evitou a interrupção dos serviços que “acarretaria em perdas da produção e depredação do patrimônio público”.rnrnO presidente do instituto, Marivaldo Xavier, disse à Folha que a entidade atende aos itens  e negou a participação ou influência do partido nas contratações.rnrn rnrnContinue o debate sobre política pelo www.twitter.com/opabloreis

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