Lateral do Ypiranga, “prefeito do século” e até renúncia: 9 Curiosidades sobre ACM que os millennials desconhecem

Neste 4 de setembro, o médico, empresário e político Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007, faria o nonagésimo aniversário. Amado e odiado na exata proporção, ACM teve 55 anos de vida pública sempre recheada por muita polêmica. Muitas das passagens da vida do político são desconhecidas pelos nascidos na década de 90. Vamos lembrar algumas delas:rnrn1) BRIGA COM JÁDER BARBALHOrnEm outubro de 2001, o senador baiano Antonio Carlos Magalhães e o paraense Jáder Barbalho entraram em rota de colisão. Ambos trocaram acusações de roubo, participação em esquemas e corrupção, tudo por causa da sucessão de ACM na presidência da casa. Seria como se, hoje, Aécio Neves e Renan Calheiros começassem a ocupar horário nobre com acusações mútuas de de corrupção.rnrnrn2) RENÚNCIArnPara não ser cassado por quebra de decoro parlamentar, no escândalo do painel de votação do senado, ACM renunciou ao mandato em 30 de maio de 2001. O filho dele, Antonio Carlos Magalhães Júnior, assumiu a cadeira como suplente. ACM pai foi reeleito no ano seguinte, e empossado em 1° de fevereiro de 2003.rnrn3) FILHO DE MÉDICO-POETArnEleito para deputado estadual em 1954, com 27 anos. Filho do professor, médico e poeta Francisco Peixoto de Magalhães com Dona Helena Celestino de Magalhães nasceu às 9h20 de 4 de setembro de 1927, na ladeira da Independência, em Salvador. O pai dele fora membro da Constituinte de 1934, colega de Juscelino Kubitschek.rnrn4) LATERAL DO YPIRANGArnACM sempre se declarou fanático pelo Vitória, mas jogou futebol semi profissional no time do Ypiranga. Chegou à equipe de aspirantes. Em quase todas as imagens dos jogadores uniformizados, sempre aparece como o primeiro dos atletas em pé. Era lateral (direito).rnrn5) PRIMEIRA ELEIÇÃOrnFoi o único entre os irmãos que sempre estudou em colégios públicos, justamente instituições que abrigavam intensos debates ideológicos. No Ginásio da Bahia (hoje, Colégio Central), estreou como orador exigindo “que o Brasil entrasse na guerra contra o nazi-fascismo”. Tomou gosto pela causa e tornou-se um empenhado líder estudantil. Disputou eleição para presidência do Grêmio com o então comunista Boris Tabacof, reconhecido pela grande capacidade intelectual. Ganhou com larga vantagem de votos.rnrnrn6) DESPERTADOR DE JKrnQuando era deputado federal, morando no Rio de Janeiro, teve a confiança do presidente Juscelino Kubitscheck, que lhe deu o número do telefone pessoal (45-6995). Passou a ligar, diariamente, sempre às sete da manhã. A atitude insistente lhe valeu algumas confidências presidenciais e o apelido de “Despertador de JK”.rnrn7) ACADÊMICO IMORTALrnEntre os imortais da Academia de Letras da Bahia, ACM ocupou a cadeira 37. Em 1998, depois de 15 anos, ele avisou que iria abandonar a instituição. Alegou ter ficado revoltado com a entrada de um jornalista e seu desafeto (supostamente João Carlos Teixeira Gomes) na entidade.rnrn8) PREFEITO DO SÉCULOrnRecebeu o título de “PREFEITO DO SÉCULO”, que lhe foi conferido pela Câmara Municipal de Salvador, em solenidade pública, no dia 2 de abril de 1970.rnrn9) DISCUSSÃO COM REPÓRTER NO BAHIANOrnNaquele 15 de novembro de 1986, em que mais uma vez descia a ladeira que separava o apartamento da seção eleitoral no Clube Bahiano de Tênis, ACM era o ministro das Comunicações do governo de José Sarney e apoiava a candidatura do jurista Josaphat Marinho. Cenas gravadas naquele dia mostram gritos de “Waldir, Waldir” e algumas vaias abafando o apoio ao ex-governador.rnA tensão continua até que o repórter de 19 anos Antônio Fraga, da TV Itapoan, emissora do então adversário político Pedro Irujo, faz a seguinte afirmação: Ministro, essa atitude da população, que vaiou o senhor…rnA resposta de ACM é mudando o foco: “não, parte da população vaiou foi Pedro Irujo e Luiz Pedro Irujo”. O resto do diálogo já é truncado e cortado, mas nesse ponto ACM já está olhando fixamente para o repórter e segurando o microfone: “Você é um mal educado, entendeu, faça o favor de respeitar o ministro… filho da puta”. Em seguida, o repórter grava afirmando ter sido agredido com chutes, um murro nas costas e xingado.rnrnrnrnParticipe do debate sobre política pelo www.twitter.com/opabloreis

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