Marta Rodrigues, eleita como liderança feminina, tem apenas 10% dos seus projetos ligados às mulheres

Marta Rodrigues (PT), vereadora em segundo mandato, tem apenas 13 projetos ligados a causa feminina dos 131 que já encaminhou à Câmara Municipal de Salvador.

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por Cris Almeida e André Uzêda

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Isto dá uma proporção de, com outras prioridades, apenas 10{02cb26fadfbb9b4f1debb5ef9c033a0bc3aadd1dfd180a451022326805fc569d} de suas ações são relativos à luta por igualdade de gênero. Os projetos dos parlamentares constam no site oficial da Câmara Municipal.

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Sobre mulheres, 46{02cb26fadfbb9b4f1debb5ef9c033a0bc3aadd1dfd180a451022326805fc569d} destes projetos, em diferentes anos, foram apresentados no mês de março — que se notabilizou, simbolicamente, como o mês da mulher, por conta do dia 8.

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Eleita pela primeira vez em 2009, em sua biografia no site oficial da Câmara, a parlamentar diz que “foi no movimento de mulheres que aprofundou a sua maior luta”. Ela lembra também que, nos anos 1990, “participou da fundação e organização do Centro de Estudos da Mulher (CEM), em Salvador”. Em recente artigo escrito para o site  Bahia Notícias, classificou seu mandato como “a favor das mulheres” e disse que “tenho buscado fazer, como mulher e vereadora na Câmara Municipal de Salvador: apresentar proposições para avançarmos cada vez mais nessas pautas”.

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Suas ações legislativas, no entanto, ficam longe de contemplar a bandeira feminina. Em duas oportunidades, 2009 e 2012, a petista encaminhou à Mesa Diretora moções de aplauso em comemoração à Maria da Penha, lei sancionada em 2006. Entre os projetos constam alguns relevantes, como o de combate à mortalidade materna; pedido que metade das vagas nos Conselhos Municipais fossem formados por mulheres e criação de um fundo municipal para o enfrentamento à violência contra a mulher.

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Outro lado

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Questionada, Marta disse que não considera 13 projetos em 4 anos e quatro meses um número pequeno. “Não adianta eu chegar na Casa e competir com os outros vereadores quem indicou mais projetos”. De acordo com a petista, ela trabalha como “assessora do povo”.

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“Nós representamos os movimentos que nos apoiaram durante as eleições. São eles que nos pautam. Se o movimento feminista sugere um projeto, nosso dever é pesquisar e fundamentar para levar até a Câmara. Se não sugerem, não vamos criar por criar”, diz.

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“Tem gente que apresenta um monte de projeto, pega até um caso aí ‘Ctrl C e Ctrl V’ e vai botando. Ele sendo aprovado não vai mudar a estrutura ou interferir naquilo que as mulheres estão precisando”, completa.rn

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No histórico levantado pelo Aratu Online, com base no conjunto de projetos disponibilizados no site da Câmara Municipal, Marta apresentou quatro projetos para mulheres em 2009, três em 2011 e seis neste último ano. Em 2010 e 2012 a petistas não apresentou nada relacionado à causa feminina. Na última legislatura (2013 – 2016), a vereadora foi derrotada nas urnas e não conseguiu validar seu mandato, por isso retornou apenas em 2017.

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Indagada se os movimentos que a apoiam não apresentaram proposta durante os dois anos que ela não levou nada à Mesa Diretoria, Marta recorreu a uma falha de memória para justificar a ausência. “Não consigo lembrar agora o porquê. Voltamos este ano e estamos focados nessa gestão”, justificou.

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