O prefeito de Salvador ACM Neto está realizando, há quase dois meses, consultas a agentes políticos, empresariais e sociais sobre uma possível candidatura a governador da Bahia.
Aos interlocutores, a pergunta, com algumas variações, é quase sempre a mesma: “e aí, eu devo me lançar?” As respostas são as mais variadas possíveis.
O movimento do executivo, entretanto, não é simplesmente uma consulta. Perguntando a essas pessoas, Neto está mexendo no xadrez da seguinte forma: divide responsabilidades sobre a decisão, mas, sobretudo, manda recados: para aliados e para opositores.
O experiente político sabe que as conversas não vão ficar em segredo e conta com a circulação das informações a favor dele.
Do outro lado, Rui Costa
Até então, o governador Rui Costa (PT) mantinha a posição mais confortável. Governando o estado, com popularidade, inaugurando obras importantes, o petista colou em ACM Neto nas pesquisas de preferência do eleitor. As avaliações internas, feitas por ambos os lados, mostram uma diferença mínima, inclusive na capital.
Esse é o retrato faltando oito meses para a eleição.
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Agora, os partidários de Neto (o deputado federal Aleluia foi o primeiro deles) apostam que as denúncias contra o ex-governador Jaques Wagner podem arranhar o atual governador. A partir da Operação Cartão Vermelho, a decisão do prefeito, que estava indo por um caminho, pode tomar novos rumos. São as encruzilhadas da política baiana.
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