Limpeza pública e Centro de Convenções: Contratos da prefeitura de Salvador somam quase R$1 bi e acirram empresas

O montante de quase um bilhão de reais em contratos da prefeitura de Salvador acirra a disputa entre empresas e consórcios na capital.

As licitações para a limpeza urbana e para o novo Centro de Convenções criaram, nos bastidores da política e dos negócios, uma espécie de guerra fria que vai muito além da abertura das propostas: tem lobistas, comunicadores e políticos, todos mobilizados por seus interesses.

Alheio a essa disputa, o cidadão comum quer mesmo é ser contemplado com a modernização dos serviços.

Contrato de quase R$110 milhões

Na segunda-feira (14), com abertura dos envelopes de preços para a construção do centro de convenções, o consórcio formado pela Metro Engenharia, Construtora BSM, Qualy Engenharia, BMF Engenharia e Controltec Engenharia, ficou em 1° lugar na disputa pelo contrato estimado em R$110 milhões.

Em segundo lugar, após uma sessão de desempate ocorrida na Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), ficou a associação entre Axxo e Andrade Mendonça, na frente do consórcio MPD Engenharia, Engeform e MRM Construtora. A disputa tem outros titãs da construção civil no estado: em quarto, o grupo da NM e Principal Construções, e em quinto está a OAS.rnrnEssas posições não são definitivas. Falta a fase de atestados e certificações a serem apresentadas pelos concorrentes.

Qualquer problema nessa etapa pode determinar a eliminação justamente na reta final pela obra de centenas de milhões.

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Licitação da limpeza Urbana

Já as propostas para a licitação da limpeza urbana (a cereja do bolo) serão conhecidas no dia 12 de junho, na sede da Limpurb. O município é dividido em três lotes: o lote 1 contempla (Prefeituras bairro Barra – Pituba, Itapuã – Ipitanga e Cabula – Tancredo Neves) com R$ 381,47 milhões; o lote 2 atende as outras localidades do continente e responde por R$ 439,6 milhões; e o lote 3, de R$ 19,7 milhões, contempla as ilhas. O valor global máximo a ser pago pela Prefeitura é estimado em torno de R$ 840 milhões.

As empresas ou consórcios vencedores deverão ter capacidade de realizar os serviços de coleta e manejo de resíduos, sendo eles sólidos, volumosos recicláveis ou de poda de árvores; varrição manual e mecanizada de logradouros públicos e praias; lavagem de vias públicas; limpeza de lagoas, espelhos d’água e feiras livres; roçagem; e a promoção de serviços essenciais em operações especiais como o Carnaval.

Nas entrelinhas de editais, cartas-convite e diários oficiais, pairam interesses milionários de pesos pesados. Os bastidores, as visitas aos escritórios e secretarias do município, envolvem até espionagem de concorrentes e jogo sujo de alguns segmentos da mídia.

O contribuinte soteropolitano, no entanto, espera ser beneficiado com a modernização do contrato de limpeza e a instalação de um novo equipamento capaz de atender turismo e negócios na capital. Fora dos holofotes o que se nota é que a disputa não é para amadores.

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