“Quantidade não é qualidade”, diz vereadora de Salvador sobre projetos feministas

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“Há uma máxima no legislativo que é de comum acordo em quem tem experiência na política: quantidade não significa qualidade.”

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Com esta frase, a vereadora de Salvador, Marta Rodrigues (PT), cuja principal bandeira política é a luta em prol das causas feministas contesta a reportagem Muito Pouco: Eleita como liderança feminina, Marta Rodrigues tem apenas 10{02cb26fadfbb9b4f1debb5ef9c033a0bc3aadd1dfd180a451022326805fc569d} dos seus projetos ligados às mulheres. A matéria foi publicada neste blog e reproduzida pelo portal Aratu Online.

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Segue a íntegra da nota encaminhada pela assessoria da parlamentar:

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NOTA DE ESCLARECIMENTOS SOBRE REPORTAGEM DO ARATU ONLINE

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Com o devido respeito ao site de notícias “Aratu Online”, gostaria de esclarecer a equivocada reportagem veiculada, nesta quinta-feira (6), com o título “Muito pouco: Eleita como liderança feminina, Marta Rodrigues tem apenas 10{02cb26fadfbb9b4f1debb5ef9c033a0bc3aadd1dfd180a451022326805fc569d} dos seus projetos ligados às mulheres”.

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  1. A construção textual leva o leitor a entender que estou na Câmara desde 2009 até este ano. Isso porque deixa para o penúltimo parágrafo a informação de que estive fora da Casa de 2013 a 2016. Esclareço: Fui vereadora de 2009 a 2012. E voltei à Casa no dia 1 de janeiro deste ano. Nesse vácuo, fui presidenta municipal do PT, atuando em diversas frentes, entre elas a feminista.
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  1. Quando a reportagem afirma que dos 131 projetos apresentados por mim “apenas 13 projetos estão ligados a causa feminina” e que “isto dá apenas 10{02cb26fadfbb9b4f1debb5ef9c033a0bc3aadd1dfd180a451022326805fc569d} das ações relativas à luta por igualdade de gênero”, mostra que não houve aprofundamento no levantamento. Além de reducionista, desconsidera inúmeras iniciativas relevantes, inclusive aquelas que transversalizam com a pauta da igualdade de gênero. É o caso do projeto da Política Municipal de Economia Popular e Solidária. Esta política busca diminuir a alta taxa de desemprego na capital baiana que atinge, em maior parte, as mulheres negras, conforme pesquisa do Dieese divulgada este ano. É o caso, também, dos projetos de lei, de resolução e de indicação que englobam o universo LGBT, onde estão inclusas mulheres lésbicas e mulheres trans. É preciso entender que as causas das mulheres englobam diversos contextos.
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  1. Reduzir o papel do vereador como mero apresentador de projetos não condiz com a verdade dos fatos. Me coloco à disposição dos jornalista do site Aratu Online, caso queiram acompanhar diariamente o meu mandato. A minha luta em prol das causas das mulheres envolvem muito mais do que projetos de lei.
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  1. Antes de afirmar que as minhas ações legislativas “ficam longe de contemplar a bandeira feminina”, é preciso entender as prerrogativas do vereador, e, reitero, pesquisar minha história. Há uma máxima no legislativo que é de comum acordo em quem tem experiência na política: quantidade não significa qualidade. Não adianta apresentar centenas de projetos se eles não têm ampla dimensão e bom alcance. Aprovar uma lei não é fácil, existem diversos trâmites internos, e esta tarefa é ainda mais difícil sendo oposição. Exemplo disso é o projeto de Notificação Compulsória da Violência contra a Mulher – NCVCM, de minha autoria, apresentado em 2009 e só aprovado em 2011. É preciso fazer acordos, colocar em pauta nas comissões, audiências, discutir com os vereadores/as e a sociedade. Logo, é mais estratégico para a oposição focar em poucos projetos e pressionar até atingir o êxito da aprovação.
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5: Quando me posiciono a favor das mulheres, seja na fala, nos projetos, moções ou  sessões especiais, estou contemplando a bandeira feminina da qual eu faço parte com o apoio e respaldo dos movimentos feministas.  Quando solicito que um logradouro público, uma escola ou um posto de saúde, tenha o nome de uma mulher, estou ajudando a combater a sociedade do patriarcado, que dá às instituições e avenidas nomes de homens. Contemplo a causa, também, quando apresento o projeto Escola Livre em contraponto ao Escola Sem Partido, que quer combater a ideologia de gênero numa postura nitidamente machista.

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  1. Análises como a da reportagem dão a entender, equivocadamente, que o vereador tem um papel reducionista ao considerá-lo apenas formulador de leis e projetos. A luta pela emancipação e pelo empoderamento das mulheres não se dá apenas com projetos que tenham em sua ementa palavras com “gênero, mulheres, feminino e etc”. Se dá, também, com o debate, com a pluralidade e a disseminação de ideias, com o fortalecimento dos movimentos, agregando valores e conhecimentos.
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Marta Rodrigues

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Vereadora de Salvador do PT

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Participe do debate sobre política na Bahia e comente a resposta da vereadora pelo www.twitter.com/opabloreis

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