O dado é surpreendente e desanimador: em 2017, metade dos baianos acima de 14 anos, em situação economicamente ativa, não conseguiu ter como renda mensal o básico garantido pela Constituição.
Enquanto o salário mínimo esteve fixado em R$937, um em cada dois moradores do estado ganhou R$933, ou menos, por mês.
A revelação está na Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD Contínua), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Avaliando um cenário maior, nove em cada dez baianos sobreviveram com menos de R$2120 por mês no ano passado. Além disso, a pesquisa aponta que 10% dos baianos, mais de 1,2 milhão, receberam mensalmente R$126. Ou até menos do que isso.
A Bahia ficou bem abaixo do Brasil, em que metade dos habitantes alcançaram a renda mensal de até R$1155. A média de salário nacional foi de R$2106, enquanto a Bahia contabilizou R$1546 de renda média por habitante economicamente ativo. O Nordeste é a região mais pobre em termos de renda per capita, com R$1477 de salário médio.
Outro dado relevante indica o avanço de acesso à internet no estado. Em 2016, 52,3% dos baianos se declaravam incluídos digitalmente. No ano seguinte, essa parcela aumentou para 60,2%. A maior parte desse crescimento se deve a acesso a internet via telefone celular: aumentou de 48,9% para 59% em apenas um ano.
O bem de consumo mais presente na vida dos baianos é a televisão: 95,2% possuem. Em seguida, aparecem geladeira (95,1%), telefone celular (88,8%), máquina de lavar (32,7%) e computador (31,9%).
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