Esta é uma parte da fila para a abertura oficial da Bahia Farm Show, em Luis Eduardo Magalhães. O evento terminou sábado (10) e, segundo organizadores, movimentou R$ 8,2 bilhões em negócios, um recorde, superando os R$ 7,9 bi do ano passado. Para se ter uma ideia, esse valor é mais de 4x o orçamento da prefeitura de Feira de Santana para todo o ano de 2023. Foram 100.262 visitantes (número aferido pelas câmeras de reconhecimento facial colocadas em vários pontos dos 22 hectares destinados ao evento).
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Fazer download do arquivo: https://pabloreis.com.br/wp-content/uploads/2023/06/20230606_091837.mp4?_=1Algumas das mais de 400 empresas expositoras chegam a investir R$2,5 milhões num só stand, com telões de led maiores do que duas Dodge Ram estacionadas.
O complexo Bahia Farm Show fica às margens da BR-242, a 8 km do centro de LEM, e a mais de 970 km do Centro Administrativo da Bahia, em Salvador. É uma mini cidade montada em 25 dias por até 3,5 mil operários. Depois do evento, tudo é desmontado entre 18 e 20 dias.
A estrutura, as inovações, os negócios e números imponentes, muitas vezes, passam despercebidos dos olhares da capital. Eu mesmo só fui conhecer graças a uma cobertura pela TV Aratu.
EM BUSCA DO PRIMEIRO LUGAR
A primeira edição foi em 2004, ainda com o nome de Agrishow. O evento ganhou a dimensão de maior feira de tecnologia agrícola do Norte-Nordeste e os promotores trabalham com estimativa de crescimento a 20% a cada ano. Querem superar a Agrishow original. Convidaram Lula, o presidente desconvidado do evento de Ribeirão Preto, atualmente, o maior da América Latina. A 18a edição está confirmada para 11 a 15 de junho de 2024.
A iniciativa é liderada pela Associação de Produtores e Irrigantes da Bahia (Aiba), junto com outras entidades, como as poderosas Associação Baiana de Produtores de Algodão (Adaba) e Associação dos Revendedores de Máquinas Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba).
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Chama a atenção a quantidade de agropecuaristas gaúchos, paranaenses, catarinenses e goianos, que “colonizaram” essa parte do oeste baiano. Demonstram grande capacidade de trabalho e, aparentemente, estão distantes, além de geograficamente, também culturalmente, do estilo associado ao perfil baiano. Na Bahia Farm, é proibido, por exemplo, comercializar ou consumir bebida alcoólica. Sem juízo de valor, quantas feiras, congressos, encontros, que reúnam milhares de profissionais, não teriam um show e uma “cervejinha” como momento de confraternização?
Em resumo, o agro, que já representa pouco mais de um quarto (25%) do PIB da Bahia, é forte mesmo.
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